segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Música brasileira fecha ano em alta



A música brasileira contemporânea, com diversidade e grandes novidades, fecha o ano em alta no quesito criatividade, e confirma a tendência de reviravolta dos anos terminados em 9. 

Contrariando as tão faladas previsões do ¿fim do CD¿, do ¿fim da canção¿ e da predominância de faixas avulsas, na era do MP3 alguns compositores e cantores continuam realizando interessantes trabalhos conceituais/temáticos, como foi o caso de Arnaldo Antunes (iê-iê-iê), Erasmo Carlos (rock¿n¿roll), Ney Matogrosso e o grupo Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta (sobre o amor), Ná Ozzetti (tributo a Carmen Miranda), Rômulo Fróes (neotropicalismo), Ed Motta (soul-funk setentista), Nando Reis (relações familiares), o estreante Rodrigo Campos (memória de São Mateus em forma de samba) e Caetano Veloso (com foco no lado sombrio do Rio).

Em termos de sonoridade, essas e outras obras, não só pelo conteúdo criativo das canções, mas pela estética arrojada, equilibrando o pop com experimentalismo, colocaram em destaque três produtores que, além de Kassin, vêm definindo o som desta década: Pedro Sá (Caetano e Ronei Jorge), Fernando Catatau (Arnaldo Antunes, Cidadão Instigado) e Beto Villares (Rodrigo Campos, Zélia Duncan, Céu). No desenvolver dessas ideias, há ainda a busca de uma ¿descomplicação¿, contra o excesso de produção predominante por conta das facilidades tecnológicas.

Os cinemas exibiram muitos documentários sobre vários aspectos e personagens da música brasileira, com destaque para ¿Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei¿, de Cláudio Manoel, Micael Langer e Cavito Leal.

São Paulo se firmou como o grande centro de produção musical no Brasil, expondo novos talentos com uma profusão como há muito não se via. Várias compositoras deram as caras com bons resultados, como Tiê, Lulina, Juliana Kehl, Tulipa Ruiz, Luisa Maita, Karina Buhr.

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